Jun
2018

A automação está na moda? Sem dúvida, a sua primeira resposta foi sim e está completamente certa. Se a empresa busca reduzir custos com foco nas operações e não no produto, automatizar o gerenciamento de armazéns deve ser uma das prioridades.
Mas, será que esse conceito é conhecido de forma clara por todos os integrantes da cadeia logística? Como o software de logística entra nessa história? Veja o que diz o pesquisador Francisco Lacombe:
"Automação é a aplicação de técnicas computadorizadas ou mecânicas |
Pensando no uso da tecnologia para reduzir custos ao poupar a mão de obra dos trabalhos repetitivos, há duas possibilidades para a automação: melhorar a movimentação de mercadorias e contribuir para o fluxo de informações. Tanto em uma versão do conceito quanto na outra, a tecnologia aparece ao tomar a forma de máquinas cada vez mais sofisticadas.
Muito em breve, com o advento da IoT (Internet das Coisas), esses equipamentos terão a capacidade de se comunicarem entre si, tornando cada vez mais automatizadas as trocas de informação e o fluxo de mercadorias. No entanto, as várias ofertas no mercado, dificultam enxergar o armazém como um todo.
Afinal, cada empresa oferece um tipo de máquina para dores específicas! Quando você percebe, tem um armazém que simplesmente não conversa e que demanda um esforço maior para funcionar de modo organizado.
O que é preciso entender sem esquecer é o lugar do software de logística em toda essa questão. É ele quem vai permitir ao gerenciamento de armazéns ir além e conquistar o futuro, integrando informações e operações.
Entenda a seguir, os desafios da automação de armazéns e saiba como enfrentá-los, diminuindo o medo de errar e amargar prejuízos!
AUTOMAÇÃO DO FLUXO DE MATERIAIS
Existem quatro atividades principais que envolvem o fluxo de materiais e que podem ser beneficiadas pela automação. Em todas elas, o uso de um maquinário sofisticado contribui para a redução do trabalho repetitivo e aumenta a qualidade das tarefas.
Porém, cada máquina depende de um sistema de operação. E quanto mais equipamentos existirem no armazém, maior será a preocupação ao integrar outro fluxo que depende das mercadorias: o da informação. É ela quem permite enxergar as operações sem estar diretamente com os pés no armazém, acompanhando cada etapa. Até porque, com o volume de produção e escoamento de mercadorias, é impossível enxergar todos os detalhes à olho nu.
Confira os equipamentos que ajudam cada uma das quatro etapas de fluxo das mercadorias:
- Movimentação
- AGV (Veículos automaticamente guiados);
- Monovias eletrificadas (mercadorias conduzidas por trilhos);
- Transportadores contínuos (esteiras);
- Sistemas de sortimento e redistribuição (ajuda na separação de mercadorias);
- Sistemas de carregamento de veículos.
- Estocagem
- Transelevadores (para pilhas de pallets maiores que 35 metros);
- Miniloads (organizam unidades pequenas);
- Carrosséis horizontais e verticais (ajudam na separação de mercadoria).
- Manuseio e embalagem
- Sistemas de manuseio (beneficia a ergonomia e saúde dos operadores);
- Robôs para manipulação de pequenos e grandes itens;
- Sistemas para paletizar cargas;
- Sistema de envolvimento ou plastificação de paletes.
- Transporte
- Transportadores contínuos de correias côncavas;
- Transportador contínuo tipo teleférico (aéreo).
AUTOMAÇÃO DO FLUXO DE INFORMAÇÕES
Lado a lado à automação de fluxo de materiais, está a de informações. Uma sem a outra não é capaz de contribuir para o gerenciamento de armazéns. Isso significa que, para as cinco tarefas que envolvem BI (Business Intelligence) e gestão, existe um software de logística diferente.
Aqui cabe deixar clara a diferença entre os sistemas que operacionalizam máquinas e aqueles que coletam e gerenciam informações. Uma ferramenta de RFId (Radio-Frequency IDentification), por exemplo, reúne ambas as tecnologias, pois automatiza ao mesmo tempo um equipamento e as informações que ele coleta.
Entendido isso, veja alguns exemplos de automação de informações no gerenciamento de armazéns em cinco atividades principais.
- Planejamento
- ERP (Sistema de Gestão Integrada);
- MRP (Material Requirement Planning)
- DRP (“Distribution Resources Planning”);
- FCS (“Finite capacity scheduling”);
- Previsão de vendas (“Forecast”)
- Execução
- WMS (Sistema de Gerenciamento de Armazéns);
- TMS (Sistema de Gerenciamento de Transporte);
- MES (Manufacturing Execution System).
- Comunicação
- Internet ou EDI (Electronic Data Interchange);
- Radiofrequência ou RFId;
- Sistemas sensíveis, controlados por voz ou pela luz.
- Controle
- EIS (“Executive Information System”);
- DSS: (Decision Suport System).
- Concepção
- Layout;
- Ergonomia;
- Embalagens;
- Simuladores de processos de negócio;
- Simuladores operacionais gráficos;
- Análise de riscos e tomada de decisão;
- PMIS (Project Management Information System).
OS NÍVEIS DE AUTOMAÇÃO
Quando se fala em automação, além de detalhar em quais fluxos ela está envolvida – de movimentação ou informação – é preciso entender que ela também se divide em níveis. Isso porque, a ideia de automatizar armazéns é inspirada em tendências como a indústria 4.0.
A automação industrial tem cinco níveis:
- Aquisição de dados e controle manual;
- Controle único de cada máquina;
- Controle de Célula de produção;
- Controle fabril de produção e programação;
- Planejamento Estratégico e Gerenciamento Corporativo.
Ao pensar no gerenciamento do armazém, um software de logística se torna indispensável para manter a coesão diante dos inúmeros sistemas de automação. Trata-se do WMS. É ele que consolida os dados da operação e os torna estratégicos para a gestão.
Embora seja mais conhecido como um sistema de execução, o warehouse management, quando completo, traz recursos como BI e gestão de pátio.
Pensando em tudo isso, lembre-se: o WMS está presente em todos os níveis de automação, como um grande guarda-chuva! Isso porque ele se integra a outros sistemas e coleta dados que podem ser usados para o gerenciamento de armazéns se tornar mais estratégico.
TER VÁRIOS SISTEMAS OU FOCAR EM UMA SOLUÇÃO ROBUSTA?
Essa é uma pergunta traiçoeira, que não pode ser respondida rapidamente, como a do início desse texto.
Para começar um raciocínio, é preciso admitir que cada uma das máquinas exige um sistema próprio. Mas imaginar que eles são suficientes para fazer um armazém rodar e fluxo de mercadorias fluir se transforma em um grande problema.
Ter a operação pulverizada em vários softwares de logística não atende ao tipo de visão global que é preciso ter do negócio. Você passará muito mais tempo reunindo informações do que pensando estrategicamente.
Por isso, o software de logística indispensável é o warehouse.
Assim, a melhor síntese para a pergunta, que fará seu armazém ir além da automação e conquistar o futuro é o WMS.
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